Obras da artista belga Berlinde De Bruyckere

sábado, 22 de maio de 2010

Arte Digital

Finalmente me inspirei para escrever alguma coisa, e será sobre Arte Digital. Eu sei que o assunto: "Arte digital" é arte ou não? já está meio batido, mas aqui eu quero apenas expor alguns trabalhos digitais que eu acho interessantes e bonitos (eu sei que o Belo "morreu", mas ainda assim a gente gosta dele).


Erik Johansson

O sueco Erik Johansson decidiu tornar imagens do cotidiano em grandiosas obras de arte: Ele as tira as fotos, distorce as imagens, modifica a paisagem e transforma-as completamente! O resultado final é impressionante! Segundo o artista, qualquer lugar é capaz de inspirá-lo. Basta observar os momentos do dia a dia! Erik Johansson diz que os trabalhos realizados requerem muita observação e planejamento. A etapa que o toma mais tempo é a escolha do local para a captura das fotos. (Fonte:http://searchtechfun.wordpress.com/2009/11/26/manipulacao-de-fotos-obras-de-arte/)





Os trabalhos do Johansson são muito bonitos e, a meu ver, alguns possuem um caráter de arte site-specific.


Karol Kolodzinski


Craig Shields



Justin Maller

Este trabalho não tem um quê de PopArt?



Cristiano Siqueira


David Waters

Coloquei este trabalho por ele parecer com uma colagem e remeter às nossas discussões de Estética.


Vejam mais trabalhos nos links:


http://www.alltelleringet.com/

http://psd.tutsplus.com/articles/inspiration/48-mind-blowing-examples-of-photo-manipulation-art/


Postado por Maxini Matos

terça-feira, 18 de maio de 2010

Na trilha do oriente



Uma das coisas sobre as quais ainda pretendo me debruçar em estudo é a arte do oriente. Às vezes lamento a distância cultural que nos separa, e que se apresenta como um problema para a devida apreensão de tudo o que advém desse outro universo, mas, na maior parte do tempo, é exatamente essa distância cultural que me instiga.

Sei que a arte daquele lado do mundo não caminhou como no lado ocidental, e por isso mesmo creio que o primeiro grande desafio para tentar compreender a história da arte do oriente reside na necessidade de desconstruir o nosso olhar ocidental. No entanto, ainda não consigo me desvencilhar de minhas referências e, inevitavelmente, quando penso nas possíveis manivelas que terão movido a arte naquele lado do mundo…

Realidade? Filosofia? Uma tradição metafísica? O absurdo? Tudo isso ou nada disso? Em algum momento a arte da China, da Índia ou do Japão se converteu num instrumento de rebeldia contra a sua própria história?

Enquanto ainda não consigo responder a essas perguntas, vou apreciando a arte (sem dúvida, globalizada, influenciada pela outra metade do planeta) que nasce por lá agora. Eis, então, Yang Shaobin.

Tomei conhecimento sobre esse artista quando visitei o MASP no início de novembro do ano passado por ocasião da exposição de A. Rodin. Depois de me deliciar com as obras desse importante ícone ocidental, fui atravessada pela contundência da obra do chinês.

Sua primeira exposição no Brasil contou com 50 pinturas sobre tela e desenhos sobre papel produzidos entre 1996 e 2009. Várias das telas ali reunidas foram produzidas segundo aquele realismo que tem o poder de se confundir com fotografia (e que eu adoro!), como vocês podem observar na primeira imagem. Mas havia algo além, e muito inquietante, em algumas “fotopinturas” que nem sempre pretendiam retratar uma imagem precisa, de absoluta nitidez. Em vez disso, flertavam com uma espécie de subversão da "verdade fotográfica", com a distorção do foco (outra investida da pintura no espaço fotográfico?).

Mas creio que a perturbação que a obra de Yang Shaobin provoca está também muito associada à sua temática. Esse chinês passa uma clara impressão de que não usa de meias palavras para expressar o que o incomoda, e toca, literalmente, em feridas: de questões políticas à violência social ou ecológica crua. Ele abusa do grotesco de modo eficaz. A ala vermelha na exposição era simplesmente chocante.

Como infelizmente não consegui encontrar um site exclusivo dele (talvez se eu escrevesse chinês?), deixo o link da exposição no MASP e a dica de que é possível encontrar várias imagens de seus trabalhos na web. Devo advertir, entretanto, que tirem as crianças da sala.

www.masp.art.br/masp2010/exposicoes_integra.php?id=38&periodo_menu=2009




Postado por Erica R. Tulip.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Superflat




O superflat é um movimento estético pós-moderno que surgiu dentro das artes plásticas e que encontrou eco nos mangás e nas animações. Tal movimento reprocessa elementos da cultura otaku e os devolve de forma crítica. O termo teria sido criado pelo artista japonês Takashi Murakami inicialmente para caracterizar sua própria arte, sendo estendido depois para outros artistas e passou a abarcar a área de animação também.


Infantilização, submissão sexual feminina, o caráter kawaii ("bonitinho"), o fetichismo, demonstrados de forma cruel, quase grotesca, marcam a estética superflat. Nesse movimento, essas características são usadas para criticar elas mesmas e nesse processo acabam se diluindo no meio que criticam.


Para entender melhor como se dá esse movimento, é preciso uma breve descrição da cultura otaku. Essa cultura está normalmente associada à tradição japonesa pré-moderna, mas a realidade é mais complicada. De fato, a cultura otaku não poderia existir sem a influência norte-americana, com toda a tecnologia e consumismo pós-guerra.


Por fim, o superflat expõe um Japão reconstruído no pós-guerra com uma estrutura frágil, onde as novas tecnologias e o aumento do consumismo "achataram" as relações entre o real e o virtual.


Esse movimento já ocorre em outros países, inclusive nos Estados Unidos, porém com um maior índice de rejeição.
Imagens: Takashi Murakami
Vídeo com estética superflat:
http://www.youtube.com/watch?v=-anabfAg06U&feature=player_embedded


Postado por Daniel Sobral

Diálogos na tela.




A Mostra “DIÁLOGOS NA TELA” irá traçar uma breve história da representação na arte ocidental estabelecendo diálogos com o cinema.

As principais questões formais, históricas e estéticas das artes, do despertar da criatividade humana até o século XX, serão abordadas a partir da exibição em DVD de 16 filmes complementados por palestras com renomados teóricos e críticos de arte e de cinema. A mostra começou no dia 20 de março, e termina no dia 17 de julho.

Abaixo segue a programação dos próximos encontros, a partir do próximo sábado dia 22 de Maio:

- Ligações Perigosas, de Stephen Frears - 22/05/2010

- As sombras de Goya, de Milos Forman - 29/05/2010

- Sonhos, de Akira Kurosawa - 5/06/2010

- Amores de Picasso, de James Ivory - 12/06/2010

- Blow Up, de Michelangelo Antonioni - 19/06/2010

- Basquiat, de Julian Schnabel - 26/06/2010

- A Pele, de Steven Shainberg - 3/07/2010

- Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, e HO, de Ivan Cardoso - 10/07/2010

- Verdades e mentiras (F for Fake), de Orson Welles - 17/07/2010

Caixa Cultural RJ. Sábados, das 10h às 14h.
Av. Almirante Barroso, 25, Centro. Cinema 2. (2º andar)
(Saída do metrô Carioca)


Postado por Walmira.

Dica do dia...


Olá Arteiros.

A revista eletrônica ideafixa é uma publicação online de periodicidade trimestral onde exibe referências incríveis de design, artes plásticas, fotografia, ilustração, etc e que sempre aborda um tema a cada mês. O visual é incrível e tem ótimas dicas de exposições, concursos, sites,etc. E ainda, podemos enviar trabalhos...
Dêem uma passadinha lá, leiam o blog e confiram todas, eu disse TODAS as edições anteriores. O endereço do site é : www.ideafixa.com
O tema da edição desse mês é o impossível.

Imperdível.

Postado por Walmira.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

50 inacreditáveis posters de filmes na Polônia!




Eu adoro cinema, mas ainda não vou falar de nenhum filme em especial. Resolvi compartilhar com vocês uma descoberta nessas minhas andanças pelo mundo virtual.
Para ser mais clara, descobri uns cartazes muito loucos de filmes, na maioria americanos, que estiveram em cartaz na Polônia. São super conceituais e na minha opinião muito melhores que os originais.
Dêem uma olhada nesses que eu escolhi e não deixem de acessar o link para verem os demais!

http://wellmedicated.com/inspiration/50-incredible-film-posters-from-poland/

Postado por Walmira

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eds

Edward Hopper - Summer Interior - 1909


Hey!

Cá estou a escrever. Espero que haja muita participação e que possamos fazer desse blog um espaço agradável de troca de informações e discussões sobre arte, mas que seja, sobretudo, de uma forma menos rígida das que vemos nas universidades, simpósios, colóquios etc.

Começo, então, falando de um gosto particular, sem entrar em detalhes técnicos sobre o gostar, do sentido que faz, se tem qualidade ou não. Apenas gosto.

Há um tempo, uma amiga fez uma lista de pintores e me fez pensar. Comecei a lembrar os artistas de quem gosto e o motivo de gostar. Reparei que me atraio pelas pinturas que me fazem sentir. Ok, esse é o motivo das artes, fazer sentir. Hum... as palavras não saem. Desculpa, mas, afinal, sou melhor me expressando com imagens do que com palavras.

Voltando, lembrei que dois dos meus pintores favoritos fazem obras impactantes. Cada um a sua maneira: um mais introspectivo, mais sutil e, talvez por isso, extremamente forte, e outro expressionista, visceral. São meus dois Eds. O Edward e o Edvard. O Hopper e o Munch. O nova-iorquino e o norueguês.

E um detalhe sobre O Grito (de Munch):
“I was out walking with two friends - the sun began to set - suddenly the sky turned blood red - I paused, feeling exhausted, and leaned on the fence - there was blood and tongues of fire above the blue-black fjord and the city - my friends walked on, and I stood there trembling with anxiety - and I sensed an endless scream passing through nature.”

É isso!

=)

Postado por Marta

ps: a-rá!! vocês acharam que eu fosse falar de fotografia, né? =P


Edvard Munch - Madonna - 1893/94

terça-feira, 11 de maio de 2010

Fotografia: entre galerias e capas de revistas

Terry Richardson
Steven Klein
David Lachapelle


Primeiramente gostaria de deixar bem claro que não defendo nem um lado nem outro, porém me incomoda quando estou entre pessoas do meio artístico e elas dão risinhos debochados quando alguém comenta algo relacionado ao design. Parece que, por não ser algo criado com o objetivo em si mesmo, assim como pretende a arte, o design sofre constante preconceito nesse meio.
Ultimamente tenho me interessado por fotografia em geral e após observar o trabalho de diversos fotógrafos, tive a impressão de que a fotografia muitas vezes caminha nesse limite entre a produção artística e a produção comercial. Ok, isso parece meio óbvio, mas o que me surpreende é que mesmo a linha mais comercial não incomoda tanto as pessoas do meio de arte quanto os produtos criados por designers.
Produções de fotógrafos como David Lachapelle, Steven Klein e Terry Richardson, conhecidos por seus trabalhos com celebridades, muitas vezes se encaixam tranquilamente nas duas áreas. Os artistas (sim, acho possível chamá-los assim) citados possuem fotografias expostas em diversos museus e galerias, assim como em campanhas de moda e capas de revista, cujo principal objetivo é a venda de produtos. Mesmo assim você ainda é visto de uma forma melhor se tem um desses na parede da sua casa em vez de alguma luminária feita por um designer. Não vejo muita diferença, ainda mais com algumas coisas de arte contemporânea que vemos por aí. (Mas paro por aqui para não parecer muito implicante)

Mais imagens dos fotógrafos citados em:

http://www.lachapellestudio.com

http://www.stevenkleinstudio.com

http://www.terryrichardson.com

Postado por Daniel Sobral

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Anish Kapoor





Sim, eu gosto de arte contemporânea, mesmo que as vezes pareça defender o contrário... Por isso, decidi falar de um artista (entre muitos) que gosto. Seu nome é Anish kapoor um artista indiano-britânico famoso por suas esculturas gigantes. Anish é um artista de muitas facetas, mas são as suas obras monumentais que encantam e espantam as pessoas, sejam entendidos em arte ou não. O artista expôs no Brasil em 2006. A exposição “Ascension” pôde ser vista no CCBB do Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.

Na entrevista de Anish Kapoor a revista Museu (2006), o artista diz que seu alvo é fazer objetos e instalações que pareçam importados “de outro mundo”. Paredes com reentrâncias e protuberâncias, espelhos côncavos e convexos, cilindros abertos, formas orgânicas, o imaterial tornado objeto pairam entre a geometria pura e a sensualidade biomórfica. O trabalho de Kapoor conta com o envolvimento de cada espectador para transformar os espaços internos e externos das peças e é a experiência individual que, em última instância, dá vida à obra.

O efeito de algumas de suas peças desorienta o visitante, levando-o a questionar se se trata de uma peça bidimensional ou tridimensional. Mas esta sensação está prevista pelo artista. Ele acha que esta “desorientação” faz com que o observador pare e desacelere, “para fazer daquele momento uma pausa de maior duração possível”.
Kapoor diz que no cerne de sua obra está “o medo da inconsciência, do vazio”, e a descrição do “vácuo”.
Para conhecer um pouco mais do trabalho do artista, visitem o site: www.anishkapoor.com

Walmira.
Wal.